Crônica de 2011
Durante o corrente
ano que se encaminha ao seu final, em especial esse último semestre, eu pude
obter bastante conhecimento com todos que estiveram à minha volta no ambiente
universitário da UFCG.
Aprendi que cursos
errados podem acarretar um acerto sem precedentes, que mudar drasticamente o
rumo na faculdade é normal e abre a visão de mundo, que educomunicação é uma
área de atuação encantadora e vasta e não obriga a formar educadores, mas
mediadores entre a educação e as mídias.
Aprendi a
ressignificar conceitos vendo as mídias com olhar mais crítico, a pensar, sentir e agir, a pensar, agir e refletir sobre, aprendi
que uma ação não vale de nada sem uma reflexão sobre a mesma seguida de uma
reaprendizagem, que o ambiente escolar necessita da ajuda de educomunicadores
agindo com o empenho.
Aprendi que a
comunicação é um processo sistêmico no qual as pessoas interagem com
símbolos e por meio deles para formar significado, que a relação eloquente
dos elementos de um meio interfere nos mesmos e que há uma gama de
possibilidades em um futuro de emprego a quem segue este bacharelado.
Aprendi que, olhos
bem treinados e até cansados de visualizar uma atividade aparentemente perfeita
podem se enganar facilmente, que a perfeição não se alcança sem o mínimo de
esforço mental, muito suor, paciência, vontade de aprender e tempo de chegar
mais longe, isso sem contar uma boa dose de criatividade.
Aprendi também que
normas e regras são exaustivas, mas eficazes na boa comunicação verbal, que
acima de tudo diferenças de ideologias e de visões de mundo podem ser superadas
em busca de uma relação de ensino-aprendizagem harmônica e que docentes, mesmo
cansados, são capazes de ensinar como nunca.
Aprendi ainda que
filósofos e seus textos extensos e deveras complexos em sua plenitude póstuma
podem causar muita dor de cabeça, no entanto ensinam tanto quanto a Beleza
(seja esta advinda da arte ou do absolutismo ideológico) e que as artes do
corpo são fascinantes.
Contudo, aprendi que
pessoas com bagagens extensas (ou nem tanto) e modos totalmente distintos de
(con)viver em grupo postas numa sala formam turmas magníficas e com uma
comunicação mutante na construção de ideias, que discussões ajudam a abrir
caminhos para o melhor entendimento do grupo.
Aprendi que palavras
podem machucar quando pronunciadas ou colocadas em redes sociais e que ações
impensadas geram reações inimagináveis, porém sempre haverá uma chance de
arrependimento e de perdão.
Aprendi que textos
compridos também geram aprendizado, amigas e amigos com pensamentos doidos
tornam-se irmãos, o diurno é uma versão do noturno, um blog tem várias funções,
docentes ajudam mais do que se imagina e, mesmo pessoas perceptivelmente
simples, surpreendem quando tomam voz.
Por fim, aprendi a
aprender, porém não aprendi a viver; pois essa parte não termina jamais e
sempre está em constante movimento.
Postado por: Anthony Souza. Avaliado e Aprovado por: Jorge Luis.
Anthony parabéns que texto foda, me identifiquei geral, não só por estar no mesmo curso que você, mas por vivenciar grande parte das experiências e emoções que você descreveu aí em cima!Parabéns cara!